Wednesday, October 24, 2012

Where I Lived, and What I Lived For (cont.)

"(...) "Não faz muito tempo, um índio errante foi vender cestas na casa de um advogado muito conhecido na minha vizinhança. "Quer comprar alguma cesta?" perguntou. "Não, não queremos nenhuma", foi a resposta. "O quê?", reclamou o índio enquanto se dirigia ao portão, "está querendo matar a gente de fome?" Tendo visto que seus industriosos vizinhos brancos estavam tão bem na vida — já que cabia ao advogado apenas tecer argumentos e num passe de magia seguiam-lhe a riqueza e o prestígio — dissera a si mesmo: Vou abrir um negócio. Vou tecer cestas, eis uma coisa que posso muito bem fazer. Pensava que ao aprontar as cestas teria cumprido a sua parte e que então caberia aos brancos comprá-las. Não se havia dado conta de que precisava torná-las valiosas para o outro, ou pelo menos convencê-lo de que valia a pena adquiri-las, levando-o a isso." (...)
 
"Cada dia que passa mais as nossas roupas se assimilam a nós, recebendo a marca do carácter de quem as veste, de tal modo que hesitamos ao abandoná-las. Nenhum homem alguma vez perdeu a minha estima por ter um remendo na roupa.  Ainda assim estou seguro de que, geralmente, existe maior ansiedade em estar na moda, ou pelos menos de ter roupa limpa e sem remendos, do que em ter a consciência sã."

- Henry David Thoreau


IMAGE: http://beautefragile.tumblr.com/post/66546332/we-heart-it-deep-down-in-the-woods

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